domingo, 3 de maio de 2015

Que tal uma noite marroquina?

Mais uma noite cultural com meus colegas de classe!
Dessa vez fomos ao Dada Maroccan Restaurant em Dublin 2. 
A sugestão foi dos classmates árabes e vou falar: valeu muiiito a pena!
Ao passar pela porta de entrada do restaurante a sensação é de estar em Marrocos. 
Decoração, atendimento, comidas, costumes, todos de acordo com a cultura Marroquina.









Para iniciar o tradicional jantar, recebemos em nossa mesa jarras de água com menta. A bebida é a mais servida em Marrocos e é chamada de chá de menta e pode ser servido tanto quente como gelado. Sua utilidade é matar a sede em qualquer estação do ano. Também provei uma limonada com gengibre, uma delícia!



Provamos então a famosa sopa chamada Harira, que é normalmente o prato de entrada. Ela é feita com lentilhas, grão-de-bico, cordeiro, tomate e vegetais variados. O sabor é marcante e normalmente é acompanha com limão e pão sírio. Um dos temperos me lembrou a pimenta de cheiro utilizada no Brasil, principalmente para fazer a rabada no tucupi (culinária do norte do país).



Em seguida, fomos surpreendidos por uma música e uma moça dançando ventre. Até levantei para filmar, mas meu amigo Mohammed falou que não seria necessário levantar, que é de costume ela passar por todas as mesas. A apresentação foi linda e nesse momento me senti literalmente na Arábia Saldita. Foi um mergulho cultural!


Falando em cultura e aprendizado... apesar de eu estar na Irlanda, a nacionalidade que estou tendo mais contato é da Arábia. Na minha sala, por exemplo, tem quatro pessoas do país e é maravilhoso a cada dia aprender mais sobre eles. 

Em poucos instantes fomos servidos. Os pratos foram cordeiro em um molho muito saboroso, batatas, azeitona acompanhado de batatas e arroz e um frango ensopado também feito em um molho com gosto bem peculiar, porém, maravilhoso. Eu não consigo comparar a comida marroquina com nada que eu já tenha comido antes, mas uma coisa eu tenho que falar: eu preciso comer novamente! É divina!

Cordeiro

Frango




Em todo o momento da escolha da comida eu questionava os meus amigos árabes o que eles costumam comer, beber (lembrando que os árabes não bebem bebida alcoólica), o que é tradicional. Essa é uma oportunidade única de estar na companhia de pessoas com culturas tão diferentes e também um momento para praticar mais o inglês, afinal, esse é o principal objetivo de eu estar na Irlanda.

Então, após terminar o prato principal, provamos o famoso chá marroquino que é também digestivo. É uma mistura de chá verde, com gengibre e hortelã. É uma explosão de sabores que proporciona em apenas cinco minutos uma sensação de não estar tão cheio como antes. Até porque, os marroquinos são bem fartos e comem muito bem, tornando o chá super essencial.


E essa não foi uma sexta-feira comum. Na próxima segunda-feira um dos colegas árabes finaliza seu intercâmbio e volta para o seu país. Para fazer uma surpresa, pedimos pedaços de cheesecake e o garçom trouxe até a mesa. Ele chegou cantando parabéns e nós, claro, entramos na pilha. Toda a turma é bem animada. De presente, não deixamos o nosso colega pagar a conta como um presente de despedida.



Ao pagar a conta, começamos a conversar com o garçom, que é bem simpático. O que nos chamou atenção porque além de árabe (tradicional), ele também fala português (Portugal), inglês, argelino (também árabe, mas não a língua tradicional), francês e entende o espanhol. Achei incrível e perguntamos como ele conseguiu dominar tantas línguas. Ele explicou que os pais são árabes, o pai morou na França, ele nasceu em Portugal, o árabe ele aprendeu na escola, o argelino com os pais, o inglês na Irlanda. Segundo ele, como aprendeu desde pequenininho ouvindo e sendo estimulado pelos pais, não foi uma escolha ele aprender. 

Em seguida, fomos aproveitar a noite de Dublin na Dicey's Garden. O espaço é super agradável, com vários ambientes, pátio aberto, bar e pista de dança... A Dicey's é muito procurada por ter o valor da bebida acessível e antes das 21h não paga entrada. Depois desse horário o valor é de cinco euros. Lembrando que para entrar é necessário apresentar a identidade, já que só permitido a entrada de maiores de 21 anos. Diferente do Brasil, aqui eles olham seu documento, analisam sua foto, olham para você e só liberam a sua entrada se tiver certeza que aquele documento é realmente seu.



Apesar de ser um ambiente aberto, esses aquecedores deixam o ambiente bem agradável e quentinho!


O DJ fica no alto dessa torre


A noite foi ótima, bem agradável e foi uma ótima oportunidade de praticar o idioma, já que aqui, os homens chegam em você, mas antes de pedir para ficar, oferecem te pagar uma bebida e ficam conversar por bastante tempo. Então para quem está querendo fazer conversação em inglês, conversa bastante com aqueles que se interessaram em você e depois fala que vai dançar com seus amigos (Uma forma delicada de mandar ele sair do seu pé =X).

Curiosidade:
Por tradição, em Marrocos come-se com a mão direita – o polegar e os três primeiros dedos – e o pão está em todas as mesas como acompanhamento e peplo fato de ajudar a empurrar a comida.
Segundo a tradição, deve-se comer em uma travessa comum, para todos os que se sentarem à mesa. Mas, nos restaurantes, tem sempre talheres para poder comer se não se sentir à vontade para comer com as mãos.

OBS:
Como é bom conhecer uma turma que gosta de comer. Minha vida estava um pouco vazia aqui, pois minhas companhias só querem saber de pint, cerveja, bebidas alcoólicas e comida não é a prioridade deles.

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