quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A Irlanda para sempre em mim...

My shamrock, my new tattoo...
Now Ireland is on me, forever!
In Ireland a three leaf clover is called a " shamrock". It's Ireland's emblem. 
St. Patrick used it to explain the holy trinity of God the father God the son and The holy spirit.


Agora está marcado para sempre toda a minha história, meu aprendizado, os desafios e dificuldades que passei e passo por aqui todos os dias...

Resultado do trabalho da Monica Gomes em aquarela...


O sentimento é de 'apaixonaaada' por esse lindo trabalho...

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Brechós são a melhor forma de economizar e ajudar instituições de caridade

Texto escrito a pedido da minha amiga jornalista Rosimara Marinho para o seu blog. Ele é resultado da repercussão da reportagem Bazar e brechós viram febre e vendas crescem 210% em todo país do Blog Rosimara Marinho.

Diferente dos Estados Unidos, a Europa não é o melhor lugar para ir às compras. Apesar de existirem produtos com preços mais em conta que os encontrados no Brasil, a cultura da escolha por brechós é sempre melhor, ainda mais se você veio com a intenção de poupar dinheiro. Até porque, por aqui todas as roupas e produtos são bem conservados e alguns possuem até etiqueta. A economia, portanto, pode ultrapassar a 80%. 

Para início de conversa, na Europa em geral possui dois tipos de segmentos, que se não conhecidos podem causar um nó na cabeça. Então vamos lá! Existem as categorias Vintage Store e Thrift Store (ou Second Hand). A primeira não é o lugar onde você vai encontrar roupas com preços em conta, mas produtos de períodos passados e bem conservados (pré-selecionados e com certo valor histórico). Em Dublin eu só tive a oportunidade de conhecer uma loja voltada para este segmento. Elas pagam taxas normais de impostos, tem funcionários contratados e às vezes encomendam produtos de outros países.

Essa rede de Brechós está espalhada por toda
 a Irlanda e é a minha preferida!
Enquanto a Thrift Store é a nossa praia mesmo, preços baixos e roupas para serem utilizadas em todas as estações do ano, principalmente peças de inverno, que são roupas mais caras. Um casaco em uma loja normal, por exemplo, varia entre 30 e 100 euros (podendo encontrar preços ainda mais altos), enquanto um casaco de qualidade similar em uma Second Hand é possível pagar até 20 euros por ele. Essas lojas estão presentes nos bairros mais movimentados da cidade e em determinadas ruas é possível encontrar quase que uma ao lado da outra. Elas geralmente têm ajuda do governo, como taxas reduzidas, os empregados trabalham sem salário e os produtos são doados.

Tanto um quanto o outro é necessário paciência e tempo, pois há muitas coisas boas, mas também outras que não se adequam ao nosso gosto. O ideal é tirar um dia para visitar essas lojas e se programar para ir pelo menos uma vez por mês, pois sempre tem novidades. 

Mesmo com todas as vantagens e a certeza de que não tem cheiro de mofo, poeira e as roupas são conservadas e limpinhas, principalmente por parte dos brasileiros, há certo preconceito com relação as Second Hands. Acredito que porque no Brasil não se tem a cultura tão forte de brechós como se tem por aqui. Mas pode acreditar, depois que descoberta, elas passam ser a principal opção de compra.

Cunho social 

E saindo da perspectiva da moda, compras e consumismos, aqui na Irlanda todos os brechós têm um cunho social e as rendas são destinadas a uma causa. O que é ainda melhor: economizar e fazer uma ação social, - já que assim como no Brasil, o número da população carente e de baixo poder aquisitivo é bem elevado. E para os adeptos ao trabalho voluntário, essas lojas estão sempre de braços abertos para os interessados em ajudar na loja.

Brechós modernos/online

Já que o assunto são roupas e acessórios usados, por aqui também é bem comum a prática de vender através de grupos no Facebook. Eu mesma comprei todo o meu enxoval de inverno em Brechós e de pessoas que desejavam se desfazer das suas coisas. O principal ponto de entrega das mercadorias fica embaixo do monumento histórico de Dublin no centro da cidade (Spire) e por muitos brasileiros é chamado de 'mercado negro', por serem também vendidos medicamentos, acessórios para cama, mesa e banho, além de roupas, sapatos e tudo mais que desejar vender/comprar.

Fotos: Google Imagens

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Jeitinho brasileiro... Ops, Irlandês!

O jeitinho brasileiro também reina na Europa, e eu falo com propriedade na Irlanda. Fatores também comuns entre os dois países são a insatisfação por altos impostos e atuação do governo. Durante o período de tempo em que estou aqui já vi greves de ônibus, protestos que fecharam principais ruas da cidade e manifestação contra o início da cobrança da taxa de água. O pior? É que mesmo diante da movimentação da população a mudança pós intervenção é zero. 

Um dos motivos que me fez escolher a Irlanda para ser a minha segunda casa foi a semelhança entre os irlandeses e brasileiros. Porém, eu mal podia imaginar que os pontos comuns eram ainda maiores e não apenas positivos. E desde então eu afirmo com toda a certeza: A Irlanda é o quintal da Europa. 

E quer saber? Eu não estou falando mal, nem cuspindo no prato que eu estou comendo. Apenas sendo sensata e saindo do pensamento hipócrita que as pessoas insistem em ter de que a Europa é o primeiro mundo. Pode até ser, mas nela tem um pequeno Brasil, que em suas cores da bandeira já tem o verde e com um pouquinho de branco o laranja se transformaria em amarelo. 

Portanto, são vários os motivos que me levaram a escrever sobre 'essa insatisfação irlandesa'. Mas o que me motivou mesmo não foi apenas meu olhar crítico ao comparar poderes, serviços e vida cotidiana entre Brasil e Irlanda, mas o retorno que tive da minha host family. 

Para início de conversa vou pontuar alguns dos aspectos que me chamaram atenção e me mostraram que aqui não é melhor que o tão difamado Brasil. 

BANCO

Quando uma pessoa se predispõe a fazer um intercâmbio, um dos primeiros passos é abrir uma conta em um banco Irlandês. E é aí que o intercambista percebe o quanto somos evoluídos nesse aspectos. 

Podemos enfrentar longas esperas e diferentes dificuldades nos brancos brasileiros, mas aqui na Irlanda tudo parece ser manual (sério, não consigo pensar diferente). Todo processo é muito lento, os bancários parecem não dominar sobre seus trabalhos e muitos dos serviços dependem de correspondências postais. Por exemplo, ao abrir uma conta no banco é necessário esperar uma semana até receber sua senha por correio. (Não seria tão mais fácil criar via telefone ou no caixa eletrônico como fazemos no Brasil?!). Sem falar que uma transferência efetuada através da internet pode demorar dias para ser concluída. 

LIMPEZA PÚBLICA

Eu esperava chegar na Irlanda e não encontrar lixo no chão. Mas para minha tristeza é o que eu mais vejo. Assim como é comum presenciar crianças e adultos jogando papel no chão mesmo diante de uma lixeira. 

Um ponto positivo, é que diante de festivais ou programações que acontecem em ambiente público, em menos de duas horas após o térmico tudo está perfeitamente limpo. O serviço é realizado através de carros eficientes operados por um funcionário e com a ajuda de uma pessoa que auxilia varrendo onde o carro não consegue chegar. 

SAÚDE PÚBLICA

Saúde pública ou privada? Foi essa pergunta que eu me fiz diante de uma conversar com a moça que eu presto serviço de Au Pair. Ela estava me explicando o funcionamento da saúde aqui na Ilha Esmeralda e mesmo sabendo que a do meu país não é nada boa, fiquei pelo menos aliviada porque temos o SUS e na pior das hipóteses ainda podemos contar com ele.

Eu realmente não sei dizer como os menos favorecidos tem acesso a saúde, mas sei que mesmo para quem tem dinheiro é bem complicado. Isso porque planos de saúde privados cobrem apenas atendimento emergencial em hospitais e caso você precise atendimento em um médico é necessário pagar entre 30 a 70 euros a consulta. Lembrando que esse médico é apenas um clínico geral (conhecido como GP) e é ele que diz se você deve ser encaminhado para um especialista ou não. Ou seja, mesmo sabendo da necessidade de um médico mais específico para a sua enfermidade é necessário pagar para obter essa carta de encaminhamento. Todos os exames necessários são pagos a parte. Além dos remédios, caso tenha necessidade.

Esses GP's atendem por região, e você pode até se consultar em uma diferente da clínica que atende a área que você mora. Mas depois os profissionais te orientarão a procurar atendimento mais próximo a sua casa pela facilidade de retornar ou coletar exames e resultados.

Talvez por esses fatores é possível entender problemas recorrentes de saúde na população irlandesa. Por aqui é muito comum, pela falta de sol, pessoas com deficiência ou com membros fracos, pernas tortas (consequência da falta de vitamina D), assim como problemas de pele. 

Também é perceptível que irlandeses não tem um sorriso muito atraente. E muitos dizem que eles não tem o costume de escovar os dentes após o almoço. Ir ao dentista então? É praticamente um luxo, diante dos altos valores. 

BOLSAS AUXÍLIOS

Assim como nossa Dilmão, por aqui é bem comum famílias menos favorecidas receberem auxílios. Primeiro que ter filho é sinal de mais dindim no bolso. Isso porque o governo paga um valor referente por filho para auxiliar em custos como escola e alimentação. Talvez por isso existe pouca preocupação em colocar crianças no mundo. Cada família tem pelo menos três crianças. 

E segundo irlandeses, as bolsas não param por aí. O pensamento de que dar dinheiro é melhor do que capacitar para gerar conhecimento e automaticamente possibilitar a conquista por emprego também reina na Irlanda. 

IMPOSTOS

E como quem banca esses auxílios são a própria população através de impostos, a insatisfação também está presente nesse aspecto. Segundo meu host, muito se paga, porém, pouco se tem um retorno. Essa afirmação te parece familiar? Porque quando ele afirmou isso eu até brinquei: por um acaso você está falando do Brasil?

Então ele me explicou que não há uma distribuição proporcional e que apesar de ele pagar, não se tem um retorno em sua cidade. Maior parte do dinheiro é destinado a Dublin (capital e onde há maior concentração da economia). Por este motivo, a insatisfação é inevitável, até porque ele questionou: não é do meu interesse que Dublin seja uma cidade melhor, pois eu não vivo nela. Eu quero que o local onde eu vivo receba investimentos. Mas isso definitivamente não acontece.

As taxas são cobradas sempre no final do ano, o que deixa os irlandeses bem irritados. Eu já até ouvi que em janeiro é um mês de baixa e famílias buscam a fazer uma compra do mês maior antes do início do mês na tentativa de driblar a baixa de money (Agora se essa história é verdade, aí já são outros quinhentos). E uma curiosidade? Segundo a minha host mais de 60% do seu salário é apenas para pagar taxas e impostos. Isso te é familiar?!

RIVALIDADES

Por essa distinção de tratamento, há certa rivalidade entre algumas regiões. A população de Galway e Cork, por exemplo, criam certo distanciamento. Uma consequência disso é que irlandeses que não moram em Dublin, durante um jogo de futebol costumam torcer pelo time rival, mesmo que este não seja Irlandês. 

GOVERNO

Assim como o Brasil, a Irlanda é uma República e tem como figura principal o presidente. A diferença é que ele não tem poder algum. Claro que você neste momento está rindo da minha cara e afirmando que Dilma e nada é a mesma coisa, mas pelo menos ela tem o poder de assinar, sancionar, bater o martelo diante de projetos realizados pelos demais poderes. Acontece que aqui não acontece nem isso.

O Presidente tem o papel apenas de se direcionar a população em um momento de crise, estar presente em festas, e ter uma vida sem muitos seguranças e o mais próximo possível da população. É bem comum, inclusive, encontrá-lo na fila do caixa eletrônico ou no supermercado, por exemplo.

TRANSPORTE PÚBLICO

Apesar de Dublin ser capital e uma cidade grande, ela não funciona como tal. A população conta com ônibus, trem (interliga diferentes regiões da cidade) e o Luas (circula dentro da cidade em trilhos nas ruas). E todos eles não funcionam 24h, como em demais cidades e países europeus, mas até meia noite e retornam pela manhã. Os ônibus possuem linhas noturnas mas com rotas restritas, assim como horários (a cada duas horas, se não me engano). A população que trabalha no período da noite, quando não conseguem conciliar com os ônibus noturnos ficam reféns a taxis.

GREVES

Por aqui também tem greve, há insatisfação e mesmo assim muitas vezes nada muda. Já presenciei greve de ônibus e dias e mais dias de negociação entre grevistas, sindicatos e governo. A mudança de benefícios não chegou ao solicitado. 

Aconteceram manifestações contra a cobrança da taxa de água, que em toda a história da Irlanda nunca aconteceu e que agora o governo está querendo implantar. Mas ao que tudo indica, a decisão será mantida e há casas que já receberam faturas. A questão é que não há hidrômetro nas casas e não se sabe em que essa cobrança está sendo baseada. Também não se sabe o critério de algumas casas já terem começado a pegar e outras não. A justificativa do governo é que seria uma cobrança teste para saber como o irlandês se posicionaria ao receber a fatura. O que acontece é que o dinheiro que está saindo do bolso da população não é teste e está indo de fato para os cofres públicos, que automaticamente não é revertida em melhorias gerando maior insatisfação. Sem contar que não há nenhum tipo de fiscalização e se caso não efetuar o pagamento o proprietário não receberá cobrança ou será multado. 

É aí que entra o jeitinho brasileiro, ou melhor, o irlandês...

Aqui na casa onde eu moro, por exemplo, a família não paga e nem vai pagar a água, assim como ao pagar o seguro residência (que é obrigatório por questões de segurança) omitem a existência de um novo cômodo na casa (se tem tanta confiança nas pessoas que todo o processo é realizado por telefone e cabe a você falar a verdade ou não. Não vem uma pessoa para olhar se você está sendo honesto ou não), o que acarretaria no reajuste do valor. Porém, no caso do seguro, eles assumem o risco de não receberem o auxílio para reconstrução em caso de incêndio. 
Para se ter televisão em casa é necessário pagar uma taxa (100 e poucos euros), ou caso você tenha e não pagou a licença é necessário pagar a multa de 1000 euros. Neste caso uma pessoa faz visitas nas casas sem que o proprietário seja avisado. Lembrando que a taxa é por televisão. Por este motivo não é muito comum ter televisão em todos os cômodos das casas. 

Conclusão?
As empresas e pessoas em geral ainda acreditam uma nas outras, mas pelo andar da carruagem a tendência é que fique igual ou pior que o Brasil. A minha esperança é que irlandeses (Brasileiro também) passam a pensar um pouco e se colocar no lugar dos outros e só façam o que gostariam que outra pessoa fizessem com eles. 

Tricks or Treats?

Há três semanas as casas já começavam a ter uma nova roupagem, diferentes e aterrorizantes enfeites e o clima do Halloween já começava a tomar conta de todos os cantos. Claro que, o ideal é que as decorações sejam colocadas apenas uma semana antes da tão esperada data, porém, quem disse que as crianças aguentam esperar?! 












Eis que o dia tão esperado chegou. E quer saber? Eu que sou do Brasil e acostumada com no máximo festas promovidas por cursos de inglês, mal esperava o que estava por vir! E a surpresa foi das melhores!

Fantasias das mais diferentes possíveis (não apenas daquelas que dão medo), fogos de artifícios, crianças indo e vindo pelas ruas, cada casa mais aterrorizante que a outra e o barulho constante das campainhas acompanhado de: Doces ou Travessuras?









Eu fiz questão de ajudar na decoração e juntamente com Bláithín e demais crianças fomos de casa em casa. É incrível ver o sorriso de cada uma delas ao ver suas sacolas cada vez mais cheias de doces. A disputa era de quem conseguiria mais! 



Os adultos também não deixam por menos e entram no clima. Pintam seus rostos e colocam fantasias, além de acompanhar os pequenos de casa em casa (que por sinal, é uma tarefa árdua... as crianças fazem questão de bater de porta em porta, mesmo daquelas que não tem nenhuma decoração, a esperança de mais doces faz com que eles sejam bem persistentes).


Um pouco sobre o Halloween

A origem do Halloween vem dos celtas, um povo que viveu há aproximadamente 2 mil anos atrás nas regiões onde hoje ficam a Irlanda, o Reino Unido e o norte da França.
Eles criaram um festival chamado Samhain, que significa “final do verão” em Irlandês e que celebrava o fogo. O inverno, a estação na qual a escuridão é maior, marcava o início do ano celta que depois progredia para a luz, com o aflorar da primavera, o verão e por fim, o outono. Portanto, dia 31 de outubro, era considerado o último dia do ano celta.
Eles acreditavam que este dia de “passagem” começava com a escuridão e progredia para a luz e por isto as comemorações começavam ao anoitecer do dia 31 de outubro e continuava durante todo o dia seguinte.
Durante a celebração eles se fantasiavam com cabeças e peles de animais e previam o futuro uns dos outros e os druidas (altos membros da sociedade celta) apagavam as chamas dos velhos fogos e acendiam novos fogos simbolizando o rito de passagem do velho para o novo.
O festival sofreu influências da cultura Romana e do Cristianismo durante a história, e até acredita-se que a igreja católica tentou substituir o festival celta (pagão) por um feriado religioso católico. A celebração se chama All-hallows Day (Dia de Todos os Santos) e a noite que o antecedia, o Samhain, começou a ser chamado de All-hallows Eve (Véspera do Dia de Todos os Santos) e mais tarde se tornou Halloween. Por volta do ano 1000 a igreja criou o Dia de Finados, para honrar os mortos. Juntas, estas três celebrações: Véspera do Dia de Todos os Santos, Dia de Todos os Santos e Dia de Finados é chamado de Hallowmas.
Justamente por ser um período de transição, as barreiras entre o nosso mundo e o “outro mundo” ficam instáveis, possibilitando que  as almas dos que já se foram e outros espíritos, como a puka, as banshees e fadas se tornem  visíveis no mundo dos vivos…
Não que os espíritos queiram causar mal, mas eles são conhecidos por se ofenderem muito facilmente! Acredita-se que os espíritos levam muitas coisas deste para o outro, como leite, comida e até mesmo criancinhas!
Já que é melhor não arriscar, as pessoas acendiam (e acendem) grandes fogueiras e se fantasiam, para que os espíritos se confundam e não saibam quem é deste ou do outro mundo!
Algumas das estratégias para espantar os espíritos incluem fazer muito barulho (dá-lhe festa!) e acender uma vela na frente de casa dentro de uma abóbora; originalmente estas “lanternas” eram feitas de nabo e os rostos (caretas) esculpidos nelas reforçam a idéia de espantar os espíritos. Ah, e colocar alimentos do lado de fora de casa, como oferendas, era também uma prática bem comum.

Halloween na Irlanda


E o que o Drácula tem a ver com isso?

Muitas criaturas assustadoras ficam marcadas para sempre na história, originando ou se tornando mais conhecidas através da literatura, como é o caso do monstro criado pelo Dr. Frankenstein, da autora inglesa Mary Shelley; e do Drácula, do autor irlandês Abraham (Bram) Stoker.

Bram Stoker (que aliás morava aqui em Dublin na casa número 15 na rua Marino Crescent…) se inspirou nas estórias sobre vampiros e lobisomens da Transilvânia para criar seu personagem Vlad Tepes, mas a Irlanda também deu sua contribuição através de estórias sobre pessoas serem enterradas vivas por causa das doenças durante a Grande Fome e das lendas de “mortos-vivos” que foram forçados a andar nesta terra à procura de sangue. Acreditava-se que estas almas tinham o sangue ruim, em gaélico, droch fhola, que se pronuncia algo como Drac ula.

Fonte: Vida na Irlanda