quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A Irlanda para sempre em mim...

My shamrock, my new tattoo...
Now Ireland is on me, forever!
In Ireland a three leaf clover is called a " shamrock". It's Ireland's emblem. 
St. Patrick used it to explain the holy trinity of God the father God the son and The holy spirit.


Agora está marcado para sempre toda a minha história, meu aprendizado, os desafios e dificuldades que passei e passo por aqui todos os dias...

Resultado do trabalho da Monica Gomes em aquarela...


O sentimento é de 'apaixonaaada' por esse lindo trabalho...

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Brechós são a melhor forma de economizar e ajudar instituições de caridade

Texto escrito a pedido da minha amiga jornalista Rosimara Marinho para o seu blog. Ele é resultado da repercussão da reportagem Bazar e brechós viram febre e vendas crescem 210% em todo país do Blog Rosimara Marinho.

Diferente dos Estados Unidos, a Europa não é o melhor lugar para ir às compras. Apesar de existirem produtos com preços mais em conta que os encontrados no Brasil, a cultura da escolha por brechós é sempre melhor, ainda mais se você veio com a intenção de poupar dinheiro. Até porque, por aqui todas as roupas e produtos são bem conservados e alguns possuem até etiqueta. A economia, portanto, pode ultrapassar a 80%. 

Para início de conversa, na Europa em geral possui dois tipos de segmentos, que se não conhecidos podem causar um nó na cabeça. Então vamos lá! Existem as categorias Vintage Store e Thrift Store (ou Second Hand). A primeira não é o lugar onde você vai encontrar roupas com preços em conta, mas produtos de períodos passados e bem conservados (pré-selecionados e com certo valor histórico). Em Dublin eu só tive a oportunidade de conhecer uma loja voltada para este segmento. Elas pagam taxas normais de impostos, tem funcionários contratados e às vezes encomendam produtos de outros países.

Essa rede de Brechós está espalhada por toda
 a Irlanda e é a minha preferida!
Enquanto a Thrift Store é a nossa praia mesmo, preços baixos e roupas para serem utilizadas em todas as estações do ano, principalmente peças de inverno, que são roupas mais caras. Um casaco em uma loja normal, por exemplo, varia entre 30 e 100 euros (podendo encontrar preços ainda mais altos), enquanto um casaco de qualidade similar em uma Second Hand é possível pagar até 20 euros por ele. Essas lojas estão presentes nos bairros mais movimentados da cidade e em determinadas ruas é possível encontrar quase que uma ao lado da outra. Elas geralmente têm ajuda do governo, como taxas reduzidas, os empregados trabalham sem salário e os produtos são doados.

Tanto um quanto o outro é necessário paciência e tempo, pois há muitas coisas boas, mas também outras que não se adequam ao nosso gosto. O ideal é tirar um dia para visitar essas lojas e se programar para ir pelo menos uma vez por mês, pois sempre tem novidades. 

Mesmo com todas as vantagens e a certeza de que não tem cheiro de mofo, poeira e as roupas são conservadas e limpinhas, principalmente por parte dos brasileiros, há certo preconceito com relação as Second Hands. Acredito que porque no Brasil não se tem a cultura tão forte de brechós como se tem por aqui. Mas pode acreditar, depois que descoberta, elas passam ser a principal opção de compra.

Cunho social 

E saindo da perspectiva da moda, compras e consumismos, aqui na Irlanda todos os brechós têm um cunho social e as rendas são destinadas a uma causa. O que é ainda melhor: economizar e fazer uma ação social, - já que assim como no Brasil, o número da população carente e de baixo poder aquisitivo é bem elevado. E para os adeptos ao trabalho voluntário, essas lojas estão sempre de braços abertos para os interessados em ajudar na loja.

Brechós modernos/online

Já que o assunto são roupas e acessórios usados, por aqui também é bem comum a prática de vender através de grupos no Facebook. Eu mesma comprei todo o meu enxoval de inverno em Brechós e de pessoas que desejavam se desfazer das suas coisas. O principal ponto de entrega das mercadorias fica embaixo do monumento histórico de Dublin no centro da cidade (Spire) e por muitos brasileiros é chamado de 'mercado negro', por serem também vendidos medicamentos, acessórios para cama, mesa e banho, além de roupas, sapatos e tudo mais que desejar vender/comprar.

Fotos: Google Imagens

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Jeitinho brasileiro... Ops, Irlandês!

O jeitinho brasileiro também reina na Europa, e eu falo com propriedade na Irlanda. Fatores também comuns entre os dois países são a insatisfação por altos impostos e atuação do governo. Durante o período de tempo em que estou aqui já vi greves de ônibus, protestos que fecharam principais ruas da cidade e manifestação contra o início da cobrança da taxa de água. O pior? É que mesmo diante da movimentação da população a mudança pós intervenção é zero. 

Um dos motivos que me fez escolher a Irlanda para ser a minha segunda casa foi a semelhança entre os irlandeses e brasileiros. Porém, eu mal podia imaginar que os pontos comuns eram ainda maiores e não apenas positivos. E desde então eu afirmo com toda a certeza: A Irlanda é o quintal da Europa. 

E quer saber? Eu não estou falando mal, nem cuspindo no prato que eu estou comendo. Apenas sendo sensata e saindo do pensamento hipócrita que as pessoas insistem em ter de que a Europa é o primeiro mundo. Pode até ser, mas nela tem um pequeno Brasil, que em suas cores da bandeira já tem o verde e com um pouquinho de branco o laranja se transformaria em amarelo. 

Portanto, são vários os motivos que me levaram a escrever sobre 'essa insatisfação irlandesa'. Mas o que me motivou mesmo não foi apenas meu olhar crítico ao comparar poderes, serviços e vida cotidiana entre Brasil e Irlanda, mas o retorno que tive da minha host family. 

Para início de conversa vou pontuar alguns dos aspectos que me chamaram atenção e me mostraram que aqui não é melhor que o tão difamado Brasil. 

BANCO

Quando uma pessoa se predispõe a fazer um intercâmbio, um dos primeiros passos é abrir uma conta em um banco Irlandês. E é aí que o intercambista percebe o quanto somos evoluídos nesse aspectos. 

Podemos enfrentar longas esperas e diferentes dificuldades nos brancos brasileiros, mas aqui na Irlanda tudo parece ser manual (sério, não consigo pensar diferente). Todo processo é muito lento, os bancários parecem não dominar sobre seus trabalhos e muitos dos serviços dependem de correspondências postais. Por exemplo, ao abrir uma conta no banco é necessário esperar uma semana até receber sua senha por correio. (Não seria tão mais fácil criar via telefone ou no caixa eletrônico como fazemos no Brasil?!). Sem falar que uma transferência efetuada através da internet pode demorar dias para ser concluída. 

LIMPEZA PÚBLICA

Eu esperava chegar na Irlanda e não encontrar lixo no chão. Mas para minha tristeza é o que eu mais vejo. Assim como é comum presenciar crianças e adultos jogando papel no chão mesmo diante de uma lixeira. 

Um ponto positivo, é que diante de festivais ou programações que acontecem em ambiente público, em menos de duas horas após o térmico tudo está perfeitamente limpo. O serviço é realizado através de carros eficientes operados por um funcionário e com a ajuda de uma pessoa que auxilia varrendo onde o carro não consegue chegar. 

SAÚDE PÚBLICA

Saúde pública ou privada? Foi essa pergunta que eu me fiz diante de uma conversar com a moça que eu presto serviço de Au Pair. Ela estava me explicando o funcionamento da saúde aqui na Ilha Esmeralda e mesmo sabendo que a do meu país não é nada boa, fiquei pelo menos aliviada porque temos o SUS e na pior das hipóteses ainda podemos contar com ele.

Eu realmente não sei dizer como os menos favorecidos tem acesso a saúde, mas sei que mesmo para quem tem dinheiro é bem complicado. Isso porque planos de saúde privados cobrem apenas atendimento emergencial em hospitais e caso você precise atendimento em um médico é necessário pagar entre 30 a 70 euros a consulta. Lembrando que esse médico é apenas um clínico geral (conhecido como GP) e é ele que diz se você deve ser encaminhado para um especialista ou não. Ou seja, mesmo sabendo da necessidade de um médico mais específico para a sua enfermidade é necessário pagar para obter essa carta de encaminhamento. Todos os exames necessários são pagos a parte. Além dos remédios, caso tenha necessidade.

Esses GP's atendem por região, e você pode até se consultar em uma diferente da clínica que atende a área que você mora. Mas depois os profissionais te orientarão a procurar atendimento mais próximo a sua casa pela facilidade de retornar ou coletar exames e resultados.

Talvez por esses fatores é possível entender problemas recorrentes de saúde na população irlandesa. Por aqui é muito comum, pela falta de sol, pessoas com deficiência ou com membros fracos, pernas tortas (consequência da falta de vitamina D), assim como problemas de pele. 

Também é perceptível que irlandeses não tem um sorriso muito atraente. E muitos dizem que eles não tem o costume de escovar os dentes após o almoço. Ir ao dentista então? É praticamente um luxo, diante dos altos valores. 

BOLSAS AUXÍLIOS

Assim como nossa Dilmão, por aqui é bem comum famílias menos favorecidas receberem auxílios. Primeiro que ter filho é sinal de mais dindim no bolso. Isso porque o governo paga um valor referente por filho para auxiliar em custos como escola e alimentação. Talvez por isso existe pouca preocupação em colocar crianças no mundo. Cada família tem pelo menos três crianças. 

E segundo irlandeses, as bolsas não param por aí. O pensamento de que dar dinheiro é melhor do que capacitar para gerar conhecimento e automaticamente possibilitar a conquista por emprego também reina na Irlanda. 

IMPOSTOS

E como quem banca esses auxílios são a própria população através de impostos, a insatisfação também está presente nesse aspecto. Segundo meu host, muito se paga, porém, pouco se tem um retorno. Essa afirmação te parece familiar? Porque quando ele afirmou isso eu até brinquei: por um acaso você está falando do Brasil?

Então ele me explicou que não há uma distribuição proporcional e que apesar de ele pagar, não se tem um retorno em sua cidade. Maior parte do dinheiro é destinado a Dublin (capital e onde há maior concentração da economia). Por este motivo, a insatisfação é inevitável, até porque ele questionou: não é do meu interesse que Dublin seja uma cidade melhor, pois eu não vivo nela. Eu quero que o local onde eu vivo receba investimentos. Mas isso definitivamente não acontece.

As taxas são cobradas sempre no final do ano, o que deixa os irlandeses bem irritados. Eu já até ouvi que em janeiro é um mês de baixa e famílias buscam a fazer uma compra do mês maior antes do início do mês na tentativa de driblar a baixa de money (Agora se essa história é verdade, aí já são outros quinhentos). E uma curiosidade? Segundo a minha host mais de 60% do seu salário é apenas para pagar taxas e impostos. Isso te é familiar?!

RIVALIDADES

Por essa distinção de tratamento, há certa rivalidade entre algumas regiões. A população de Galway e Cork, por exemplo, criam certo distanciamento. Uma consequência disso é que irlandeses que não moram em Dublin, durante um jogo de futebol costumam torcer pelo time rival, mesmo que este não seja Irlandês. 

GOVERNO

Assim como o Brasil, a Irlanda é uma República e tem como figura principal o presidente. A diferença é que ele não tem poder algum. Claro que você neste momento está rindo da minha cara e afirmando que Dilma e nada é a mesma coisa, mas pelo menos ela tem o poder de assinar, sancionar, bater o martelo diante de projetos realizados pelos demais poderes. Acontece que aqui não acontece nem isso.

O Presidente tem o papel apenas de se direcionar a população em um momento de crise, estar presente em festas, e ter uma vida sem muitos seguranças e o mais próximo possível da população. É bem comum, inclusive, encontrá-lo na fila do caixa eletrônico ou no supermercado, por exemplo.

TRANSPORTE PÚBLICO

Apesar de Dublin ser capital e uma cidade grande, ela não funciona como tal. A população conta com ônibus, trem (interliga diferentes regiões da cidade) e o Luas (circula dentro da cidade em trilhos nas ruas). E todos eles não funcionam 24h, como em demais cidades e países europeus, mas até meia noite e retornam pela manhã. Os ônibus possuem linhas noturnas mas com rotas restritas, assim como horários (a cada duas horas, se não me engano). A população que trabalha no período da noite, quando não conseguem conciliar com os ônibus noturnos ficam reféns a taxis.

GREVES

Por aqui também tem greve, há insatisfação e mesmo assim muitas vezes nada muda. Já presenciei greve de ônibus e dias e mais dias de negociação entre grevistas, sindicatos e governo. A mudança de benefícios não chegou ao solicitado. 

Aconteceram manifestações contra a cobrança da taxa de água, que em toda a história da Irlanda nunca aconteceu e que agora o governo está querendo implantar. Mas ao que tudo indica, a decisão será mantida e há casas que já receberam faturas. A questão é que não há hidrômetro nas casas e não se sabe em que essa cobrança está sendo baseada. Também não se sabe o critério de algumas casas já terem começado a pegar e outras não. A justificativa do governo é que seria uma cobrança teste para saber como o irlandês se posicionaria ao receber a fatura. O que acontece é que o dinheiro que está saindo do bolso da população não é teste e está indo de fato para os cofres públicos, que automaticamente não é revertida em melhorias gerando maior insatisfação. Sem contar que não há nenhum tipo de fiscalização e se caso não efetuar o pagamento o proprietário não receberá cobrança ou será multado. 

É aí que entra o jeitinho brasileiro, ou melhor, o irlandês...

Aqui na casa onde eu moro, por exemplo, a família não paga e nem vai pagar a água, assim como ao pagar o seguro residência (que é obrigatório por questões de segurança) omitem a existência de um novo cômodo na casa (se tem tanta confiança nas pessoas que todo o processo é realizado por telefone e cabe a você falar a verdade ou não. Não vem uma pessoa para olhar se você está sendo honesto ou não), o que acarretaria no reajuste do valor. Porém, no caso do seguro, eles assumem o risco de não receberem o auxílio para reconstrução em caso de incêndio. 
Para se ter televisão em casa é necessário pagar uma taxa (100 e poucos euros), ou caso você tenha e não pagou a licença é necessário pagar a multa de 1000 euros. Neste caso uma pessoa faz visitas nas casas sem que o proprietário seja avisado. Lembrando que a taxa é por televisão. Por este motivo não é muito comum ter televisão em todos os cômodos das casas. 

Conclusão?
As empresas e pessoas em geral ainda acreditam uma nas outras, mas pelo andar da carruagem a tendência é que fique igual ou pior que o Brasil. A minha esperança é que irlandeses (Brasileiro também) passam a pensar um pouco e se colocar no lugar dos outros e só façam o que gostariam que outra pessoa fizessem com eles. 

Tricks or Treats?

Há três semanas as casas já começavam a ter uma nova roupagem, diferentes e aterrorizantes enfeites e o clima do Halloween já começava a tomar conta de todos os cantos. Claro que, o ideal é que as decorações sejam colocadas apenas uma semana antes da tão esperada data, porém, quem disse que as crianças aguentam esperar?! 












Eis que o dia tão esperado chegou. E quer saber? Eu que sou do Brasil e acostumada com no máximo festas promovidas por cursos de inglês, mal esperava o que estava por vir! E a surpresa foi das melhores!

Fantasias das mais diferentes possíveis (não apenas daquelas que dão medo), fogos de artifícios, crianças indo e vindo pelas ruas, cada casa mais aterrorizante que a outra e o barulho constante das campainhas acompanhado de: Doces ou Travessuras?









Eu fiz questão de ajudar na decoração e juntamente com Bláithín e demais crianças fomos de casa em casa. É incrível ver o sorriso de cada uma delas ao ver suas sacolas cada vez mais cheias de doces. A disputa era de quem conseguiria mais! 



Os adultos também não deixam por menos e entram no clima. Pintam seus rostos e colocam fantasias, além de acompanhar os pequenos de casa em casa (que por sinal, é uma tarefa árdua... as crianças fazem questão de bater de porta em porta, mesmo daquelas que não tem nenhuma decoração, a esperança de mais doces faz com que eles sejam bem persistentes).


Um pouco sobre o Halloween

A origem do Halloween vem dos celtas, um povo que viveu há aproximadamente 2 mil anos atrás nas regiões onde hoje ficam a Irlanda, o Reino Unido e o norte da França.
Eles criaram um festival chamado Samhain, que significa “final do verão” em Irlandês e que celebrava o fogo. O inverno, a estação na qual a escuridão é maior, marcava o início do ano celta que depois progredia para a luz, com o aflorar da primavera, o verão e por fim, o outono. Portanto, dia 31 de outubro, era considerado o último dia do ano celta.
Eles acreditavam que este dia de “passagem” começava com a escuridão e progredia para a luz e por isto as comemorações começavam ao anoitecer do dia 31 de outubro e continuava durante todo o dia seguinte.
Durante a celebração eles se fantasiavam com cabeças e peles de animais e previam o futuro uns dos outros e os druidas (altos membros da sociedade celta) apagavam as chamas dos velhos fogos e acendiam novos fogos simbolizando o rito de passagem do velho para o novo.
O festival sofreu influências da cultura Romana e do Cristianismo durante a história, e até acredita-se que a igreja católica tentou substituir o festival celta (pagão) por um feriado religioso católico. A celebração se chama All-hallows Day (Dia de Todos os Santos) e a noite que o antecedia, o Samhain, começou a ser chamado de All-hallows Eve (Véspera do Dia de Todos os Santos) e mais tarde se tornou Halloween. Por volta do ano 1000 a igreja criou o Dia de Finados, para honrar os mortos. Juntas, estas três celebrações: Véspera do Dia de Todos os Santos, Dia de Todos os Santos e Dia de Finados é chamado de Hallowmas.
Justamente por ser um período de transição, as barreiras entre o nosso mundo e o “outro mundo” ficam instáveis, possibilitando que  as almas dos que já se foram e outros espíritos, como a puka, as banshees e fadas se tornem  visíveis no mundo dos vivos…
Não que os espíritos queiram causar mal, mas eles são conhecidos por se ofenderem muito facilmente! Acredita-se que os espíritos levam muitas coisas deste para o outro, como leite, comida e até mesmo criancinhas!
Já que é melhor não arriscar, as pessoas acendiam (e acendem) grandes fogueiras e se fantasiam, para que os espíritos se confundam e não saibam quem é deste ou do outro mundo!
Algumas das estratégias para espantar os espíritos incluem fazer muito barulho (dá-lhe festa!) e acender uma vela na frente de casa dentro de uma abóbora; originalmente estas “lanternas” eram feitas de nabo e os rostos (caretas) esculpidos nelas reforçam a idéia de espantar os espíritos. Ah, e colocar alimentos do lado de fora de casa, como oferendas, era também uma prática bem comum.

Halloween na Irlanda


E o que o Drácula tem a ver com isso?

Muitas criaturas assustadoras ficam marcadas para sempre na história, originando ou se tornando mais conhecidas através da literatura, como é o caso do monstro criado pelo Dr. Frankenstein, da autora inglesa Mary Shelley; e do Drácula, do autor irlandês Abraham (Bram) Stoker.

Bram Stoker (que aliás morava aqui em Dublin na casa número 15 na rua Marino Crescent…) se inspirou nas estórias sobre vampiros e lobisomens da Transilvânia para criar seu personagem Vlad Tepes, mas a Irlanda também deu sua contribuição através de estórias sobre pessoas serem enterradas vivas por causa das doenças durante a Grande Fome e das lendas de “mortos-vivos” que foram forçados a andar nesta terra à procura de sangue. Acreditava-se que estas almas tinham o sangue ruim, em gaélico, droch fhola, que se pronuncia algo como Drac ula.

Fonte: Vida na Irlanda

sábado, 31 de outubro de 2015

Já que é Halloween...

Não é sobre Dublin, muito menos Irlanda, mas o assunto é sobre filmes de terror. E nada melhor do que relembrar essa matéria durante o Halloween!
A publicação foi elaborada para o Jornal A Tribuna em abril de 2014 quando eu cobria as férias de uma grande amiga e excelente jornalista (Uma baita responsabilidade).
Então um pouco da memória do trabalho do Rodrigo Aragão juntamente com o ilustre Zé do Caixão e diretores incríveis que tornam o mundo da imaginação mais real.
O trabalho do Rodrigo já percorreu o mundo sempre com a simplicidade e a história que nasce do regional...


Um longa metragem formado por quatro curtas e dirigido por grandes nomes do cinema independente no segmento filme de terror, como José Mogica, o Zé do Caixão; Joel Caetano; Rodrigo Aragão; e Petter Baiestorf. Assim será o Fábulas Negras Volume 1, um projeto que visa dar uma versão definitiva para lendas como O Saci, A Loira do Banheiro, Lobisomem e Crônicas do Esgoto. Este último, não é uma lenda, mais uma realidade que Rodrigo busca retratar como uma forma de protesto. A previsão é que a produção seja lançada em novembro, no México.
“O objetivo é trazer um espírito mais unificado dessas lendas, pois como sabemos, as histórias variam de uma região para outra, porém, prevalecendo o personagem. E a junção desses nomes do filme de terror, atualmente os mais importantes, é fazer o que o governo não faz, que é mostrar a nossa arte e fortalecer esse segmento tão encantador que é o filme de terror”, conta Rodrigo Aragão.
O Zé do Caixão, que já produziu 34 longas metragens e aproximadamente 200 curtas, conta o segredo de tanto sucesso. “Nós mostramos o que os gringos querem ver e o que temos de melhor, que são nossas particularidades, nossas histórias. Esse é o segredo, e que o Rodrigo carrega muito forte. Antes mesmo de lançar a produção, já recebemos convites para exibir nos Estados Unidos e Alemanha. O filme tem tudo para dar certo”, afirma o lendário.
A produção é uma realização de um sonho do Rodrigo, produtor do filme e também diretor do ‘Crônicas do Esgoto’. “Eu sonho com esse projeto tem mais de 10 anos, então é uma realização. Eu espero que a produção repercuta como ela promete e tenha continuação. O folclore brasileiro é muito rico, mas o cinema usa muito pouco. Essa é uma oportunidade de mostrar e de nos destacar”, relata esperançoso.
Segundo Joel Caetano, resgatar o medo nesses personagens é outro objetivo do filme. “Com a leitura que o Monteiro Lobato fez ao abordar o Saci, colocando-o como uma figura engraçada e atrapalhada, nós pretendemos resgatar o lado do terror desses personagens. Porque a história do saci, na sua origem, traz com ele todo aquele terror”, esclarece.

As gravações estão acontecendo no Estúdio Fábulas Negras Produções Artísticas, em Perocão, desde quarta-feira (09) e seguem até a próxima semana com a presença de três dos diretores, o Mogica, Rodrigo e Joel. Em maio, Petter virá a Guarapari gravar o lobisomem. As filmagens de todo o longa metragem acontecem tanto em Perocão, como em Rio Calçado e em São Paulo.


ZÉ DO CAIXÃO

Por que filmar em Guarapari?

Zé do Caixão: Rodrigo há muito tempo tinha a idéia de me chamar para fazer um trabalho com ele. Primeiro pela minha história, e também com o intuito de trazer nomes do segmento para a cidade, fazer uma espécie de intercâmbio. E vir para Guarapari é um privilégio porque é um lugar ontem tem muitas lendas e estar aqui com um homem que gosta e contribuir e estimular para que essas histórias sejam retratadas.

O que você pretende abordar com a lenda do Saci?

Zé do Caixão: A idéia é fazer um saci endiabrado, diferente do abordado por Monteiro Lobate. Ele permanece somente com uma perna, mas ganha uma nova roupagem, bem estranha e aterrorizante. E esse saci acaba fazendo com que coisas do próprio mal acabe. E se existe alguma coisa ruim, de mal em cima dele, vai acabar exorcizado e ficando sob controle. Vamos trazer uma mensagem positiva sempre combatendo o mal e prevalecendo o bem.

Tem alguma lenda da região que você tem um carinho especial?

Zé do Caixão: Não dá para citar porque eu sou um apaixonado pelas lendas e pelo folclore, aqueles personagens que estão no imaginário das pessoas. Mas tem grandes histórias como ‘O homem do Pé Redondo’, ‘A Mulher Pata’, e tantas outras que são fantásticas.

Como você vê o segmento filme de terror no Brasil?

Zé do Caixão: O terror, por mais magnífico que seja não há uma verba disponível para isso, apesar de termos tantas lendas, como o homem do saco preto e o boto. Ninguém realmente aproveita isso. As pessoas preferem fazer o que o gringo faz fora. Há uma resistência de mostrar o que temos.

É muito comentado que Rodrigo é o seu sucessor. O que você pensa a respeito?

Zé do Caixão: Eu tinha muito medo e já vinha falando isso há alguns anos e não surgia ninguém que pudesse ocupar o meu lugar. Então eu conheci Rodrigo e falei: agora posso morrer sossegado.
É uma tranquilidade saber que tem esse grande produtor. Hoje estou com 78 anos e tinha muito medo de morrer e não ter alguém que ficasse aqui para garantir que a história do filme de terror e da produção independente continue. E nós somos muito parecidos, temos histórias também similares e algo em comum, que é gostar do que faz.

LENDAS ABORDADAS NO FILME:
O SACI: Será a história de um saci endiabrado, mas que vai afastar todo o mal que existe, prevalecendo o bem.
A LOIRA DO BANHEIRO: Será uma mistura de terror com romance. Uma mulher muito apaixonada, mas que morreu no banheiro e sua alma ficou presa naquele lugar. As pessoas que vão naquele ali invocando a loira e acabam morrendo também.
LOBISOMEM: História de amor no meio de uma história do lobisomem que vai dar uma versão surpreendente.
CRÔNICAS DO ESGOTO: É o único que não é uma lenda, mais uma mazela de Guarapari, que é ver o esgoto a céu aberto em todos os lugares. Esse cenário vai permitir que personagens e novas histórias surjam.

Rodrigo Aragão, é de Guarapari, produtor do longa Fábulas Negras Volume 1 e diretor do Crônicas do Esgoto

“’Crônica do esgoto’ é o único que não é uma lenda antiga, é um retrato de uma realidade. Um problema muito sério que está acontecendo e que eu acho um absurdo uma cidade turística tão linda está se afundando em algo fruto de uma má administração. Essa foi uma maneira q eu encontrei para protestar, além de ser uma das características do meu trabalho. A partir daí eu dou asas a imaginação, crio personagens e uma realidade encantadora”.

Joel Caetano é de São Paulo e diretor de A Loira do Banheiro

“A loira do banheiro é uma lenda muito famosa, mas que em vários locais tem uma origem diferente. Em são Paulo, por exemplo, é uma mulher apaixonada que morreu no banheiro, o espírito dela ficou preso e as pessoas que vão até lá invocam aquela alma e acabam morrendo também”

Petter Baiestorf é de Santa Catarina e diretor do Lobisomem

“Em resumo, o Lobisomem, que deve trazer o nome de ‘Pampas Feroz’, vai fazer um misto de história de amor com o terror. Será um causo desse personagem que vai tomar um rumo surpreendente e promete dar um novo rumo a lenda”.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O desafio de trabalhar como au pair e lidar com a educação em outro país...

Quem trabalha ou já trabalhou como Au Pair sabe exatamente do que estou falando... trata-se de um verdadeiro desafio lidar com os pequenos, sejam eles bebês ou mais velhos! A dificuldade entra quando nos deparamos com diferenças culturais, o que resulta em um estado de alerta constante, pois qualquer coisa pode ser diferente do que aquilo que você aprendeu ter como verdade...
Mas vamos lá...
Outra reflexão é: se algo em seu intercâmbio parece fácil, acredite e espere, em algum momento encontrará dificuldades, sejam elas pelo simples fato de acontecerem em um idioma diferente ao que é seu como nativo, ou por convivência, por exemplo. 
E são a partir de pensamentos como estes que passei por problemas na casa que escolhi para ser au pair, mas através da comunicação permaneço em busca de encontrar as melhores soluções para ambos os lados. Claro, sempre em alerta para identificar comportamentos de exploração por parte da família, o que é bem comum aqui na Irlanda, já que a atividade não é regulamentada, apenas encaixada como 'empregado doméstico'. Não podemos deixar de considerar também o abuso por parte da Au Pair... o que pode vir a acontecer.

Desafio
Você deve está se perguntando onde quero chegar. 
Pois bem... 
Fazem aproximadamente dois meses que estou trabalhando como Au Pair e desde então tem sido um desafio diário:

- Vencer a minha timidez e esse meu jeitão de querer e gostar de ficar na minha (escrevendo no meu blog, assistindo minhas séries ou simplesmente usando a internet); 

- Procurar sempre me socializar com a família, ficar a vontade e deixá-los a vontade como se eu fosse realmente membro da família; 

- Me adequar a alimentação (lembrando que eles levam ao pé da letra da refeição 'lunch', que é a hora do almoço, mas costumam comer apenas um sanduíche ou algo bem leve e sendo o jantar servido em um prato de sobremesa, sempre com apenas uma proteína e um carboidrato).

- Me adequar ao comportamento e a rotina da família. Procuro estar sempre alerta e 'dançar conforme a música'. Eu sei exatamente como a Bláithin (menina de 10 anos que eu cuido) gosta da sua cama arrumada; em que posição ela gosta do seu zíper na mochila; que ela não come a maçã quando tem algum 'marronzinho' ou machucadinho; que ela tem pavor de aranha (por isso toda vez que eu limpo o quarto dela eu procuro tirar dos as teias de aranha e se possível fazer uma atividade 'caça aranha', para quando ela chegar não ter a chance de encontrar nenhuma; assim como outros comportamentos que parecem bobo, mas que eu acredito ser fundamental serem realizados, para que o impacto da presente de uma estranha na casa (Eu), seja o menor possível.

- Enfrentar a dificuldade de nunca saber se sou bem vinda naquele momento ou não, se posso entrar na cozinha ou na sala, mesmo que a porta esteja fechada, ou se é uma hora oportuna para iniciar uma conversa.

- Mesmo sabendo do meu horário de trabalho, estar sempre a disposição para ajudá-los em algo, já que moro aqui e não custa nada eu tornar a convivência mais agradável e claro, mais familiar.

- Quando e como reclamar quando algo não está bom... Ou o colchão que não está bom, algo que é necessário comprar

- Como lidar quando a Host Family começa a interferir na sua rotina pós trabalho (momento em que a princípio você está livre para ficar no seu quarto, descansar, assistir algum filme ou série)

Bom, essas são algumas das pequenas atividades diárias que faço por aqui, que ultrapassam a simples obrigação de cuidar da criança e limpar a casa. Mas que eu acredito ser fundamental para uma convivência agradável. 
Porém, as coisas tem uma dimensão maior, ainda mais quando cobramos os nossos direitos ou procuramos fazer o que aprendemos como certo. Então, não espere que nada que você faça seja reconhecido, até porque, no meu caso, eu não espero elogios ou agradecimentos, apenas faço de coração em busca de uma experiência positiva.

Está na Lei
Quanto aos direitos... embora sejamos enquadrados como profissionais domésticos, temos salário mínimo, direito a casa e alimentação, férias remuneradas e outros pontos que devem ser levados em consideração por ambos os lados. Mas são poucas as famílias que seguem isso e muitas jovens que aceitam trabalhar por precisar de dinheiro para se manter no país. E por ser uma forma cômoda de completar um ano ou mais no exterior, já que dessa forma você não se preocupa com aluguel e alimentação.
E por mais que a família pareça boazinha, assim como muitas pessoas que se intitulam como 'chefe' e não líderes de verdade, vão achar ruim quando você cobra seus direitos, e podem mudar da água para o vinha durante essa conversa. 
Foi assim que aconteceu comigo, não por cobrar a lei, mais um combinado durante a entrevista de contratação. No final, tudo tomou o rumo que deveria, mas conclusão: muita coisa foi prometida, mas na prática nem sempre é igual.
Aí a importância de um contrato entre as partes, o que também não é de costume acontecer por aqui. Exceto através de alguns que buscam jovens para trabalhar como au pair, realizam o processo de recrutamento e cobram uma taxa por isso. Apesar de mais caro e uma forma que polpa esforços, vivência da experiência e aprendizado, na minha opinião, não deixa de ser um ponto positivo.
Em resumo, muitas vezes temos medo de como nos comportar diante da família, vem o receio de você ter que deixar a casa imediatamente. Mas há também meios de denunciar e lugares para se pedir ajudar, caso a jovem se sinta violada. 

E onde entra a educação nisso tudo?
Aqui na casa, em especial, comportamentos da criança que eu cuida vem me chamando atenção, como mentiras constantes (por coisas bobas, mas não deixam de ser mentiras) e falta de pulso dos pais para a correção foram as primeiras coisas que comecei a detectar.
Com o tempo, a menina que parecia um amor e fácil de lidar passou a pegar comida escondido da cozinha, falar mal dos amiguinhos para justificar que não deseja brincar na rua com eles, e por último, após dar falta de alguns objetos meus, achei sem querer escondido no quarto da menina. 
Diante desses comportamentos, acionei a mãe e após a conversa tanto ela quanto eu conversamos com a menina. Porém, não percebi por parte da mãe uma ação de correção e nem de sensibilização da menina. E logo após ainda ouvi da mãe que ela tem apenas 10 anos e não tem noção do que é certo ou errado e em seguida: não se preocupe com o futuro dela, ela ficará bem!
Alguma dúvida de que eu sou apenas uma figurante nesse processo?!
Eu que pensei que estava aqui para cuidar da menina, limpar a casa, mas também acrescentar e auxiliar no processo de educação, vi que não devo, ou pelo menos não deveria me preocupar mesmo!
E isso me faz lembrar uma conversa recente, que a mãe decepcionada com o seu trabalho, disse que iria procurar outro, pois não via sentido trabalhar e não ver resultado. E quer saber? É exatamente assim que me sinto, porém sem saber o limite que as atitudes da menina são apenas coisas de crianças e quando passam a ser realmente preocupantes. 
Agora? Infelizmente é ficar em alerta para observar se o comportamento permanece. O que eu não duvido, até porque, se fosse no Brasil, pelo menos de acordo com a educação que eu recebi, tando o pai como a mãe sentaria como o filho nesse momento, explicaria o porque é errado e tentaria entender o que poderia ter levado a essa atitude. E aqui não acontece a participação de ambos nesse processo e ao invés de correção, a mãe apenas justifica e cria 'n' motivos para aquele comportamento.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Lugar de criança é na Irlanda

Coluna sobre o dia das crianças para o Jornal Folha da Cidade

Lugar de criança é na Irlanda
Tayla Oliveira

O mês de outubro é para lá de especial por um importante motivo, ou melhor, dois! Não sabe por quê? Então pergunte para uma criança que rapidamente ela irá te responder. É claro que porque dia 12 é o dia desses pequenos ne?! Porém, ao contrário do que pensamos, o dia das crianças por aqui é comemorado apenas no dia 20 de novembro, então, apenas uma data tira os pais do sério, quer descobrir qual?
Então vamos ao motivo número dois. Algumas dicas te levarão a resposta e também a um dos lugares favoritos da criançada: o mundo da fantasia e da imaginação. Isso mesmo, tempo de Halloween. E aqui na Irlanda, assim como nos Estados Unidos, a cultura de festas à fantasia e o ‘bater de porta em porta’ em busca de doces é bem comum. Portanto, apenas esse motivo contribui com alguns fios de cabelo branco a mais na cabeça dos pais irlandeses pela busca da fantasia perfeita e customização das casas.
Já que o assunto é fantasia e imaginação...
E se tem um lugar que tem alma de criança e muitas histórias que dão o que falar é aqui mesmo, na Irlanda. O país é conhecido como Ilha Esmeralda pela grande quantidade de pedrinhas preciosas verdes encontradas aqui. Também é onde vive o famoso ‘Leprechaum’, os famosos doendes (são fadas, mais altas que as normais, e muitas vezes aparecem para os seres humanos na forma de um velhinho. Eles gostam de colecionar ouro que escondem em um pote no final do arco-íris). A propósito, por aqui, pelo menos durante a primavera e o verão é possível ver essa combinação de cores no céu quase todas as semanas.
São diversas lendas que cercam a história da Irlanda e acredite, não só as crianças, mas também adultos levam todas as histórias como reais. Então chamar qualquer uma delas de mentira ou mesmo lendas é até um insulto.
Dia de alegria!

E para finalizar, aproveitando que o mês é dos pequenos, vale o registro de uma ação bem interessante que aconteceu por aqui com crianças especiais. Um grupo de taxista passou em hospitais e levou a criançada para dar uma volta pela cidade. Com música e voluntários caracterizados de personagem de desenho animado resultou em alegria garantida e um dia diferente dos quartos brancos e sem graças de um hospital. Que fique de exemplo!

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Irlanda, o lugar mais provável para encontrar aranhas...

Se a palavra 'aranha' te assusta, então pense duas vezes antes de considerar visitar o país do arco-íris. Principalmente nesta época que antecede o inverno, o clima fica bem úmido e propício para o aparecimento desses 'inofensivos' animais que procuram o interior das casas para a criação de teias e o acasalamento. 

Aranha que eu encontrei no banheiro da casa que eu morei em Dublin
Vale considerar que a velocidade em que fazem teias é impressionante. Há relatos que entre pints e uma boa conversa em um pub uma delas construiu teias entre garrafas de bebida. Se é verdade ou não aí são outros quinhentos... mas para um país de lendas, acredito que isso não venha ao caso!

Para quem limpa casas, outro fato interessante é a respeito da resistência dessas teias. Primeiro que elas estão por todo o canto e para tirá-las? Só com muita força de vontade, pois mesmo com aspirador de pó e uma vassoura, as teias insistem em permanecer no mesmo lugar. Sem contar que você tira hoje, mas amanhã lá estão elas novamente!

Aranha que encontrei ontem no banheiro de casa em Laytown
Um fato interessante, ou não, que a Irlanda possui mais 370 espécies de aranhas... isso mesmo, 370 para mais, sendo que todas podem chegar a morder, porém, não possuem veneno suficiente para causar males a um ser humano. Mas você vai arriscar? Porque eu não me atrevo!
Então não estranhe se você for tomar banho ou simplesmente usar o banheiro e dar de cara com uma dessas. Eu por exemplo já perdi as contas de quantas já encontrei. 

Algumas espécies comuns por aqui...

ARANHA DE TEIA OBICULAR 

Missing Sector Orb Web spider

Essa aranha pode chegar até 15 milímetros e é comum em torno das casas e jardins da Irlanda. A aranha, que não é prejudicial aos seres humanos, tem o corpo pálido e pernas, com marcações cinza-prateado em seu abdômen. Geralmente visto dentro de casa no outono e inverno meses, esta aranha prefere o calor.

ARANHA GIGANTE DE CASA

Giant House spider

Medindo um tamanho de 120 milímetros, este bicho é mais comum nos meses de outono, quando os machos deixam suas teias em busca de fêmeas. É comum encontrá-la no banho. Normalmente eles se locomovem rápido, mas apenas para a sua defesa e logo gastam toda a sua energia.

Elas constroem teias e folhas como podem ser encontrados em garagens, galpões, sótãos e paredes da cavidade onde eles são menos propensos a ser perturbado.

Aranhas gigantes de casas possuem um veneno potente e pode morder, mas eles geralmente não representam uma ameaça para os seres humanos.

ARANHA PAPAI PERNAS LONGAS

Daddy Long Legs spider

Esses bichos têm pequenos corpos cinza e pernas longas e finas. Embora eles possam variar em tamanho, as phalangioides Pholcus potencialmente podem medir até 45 milímetros.

Existem mitos urbanos que sugerem que o papai pernas longas aranha contém o veneno mais potente, mas que suas presas não são fortes o suficiente para penetrar na pele humana.

Relatórios sobre a investigação sobre esta teoria sugerem que as aranhas podem morder - mas o veneno só vai entregar uma breve sensação de queimação leve - se alguma coisa.

LACE WEB SPIDER

Lace Web spider

Normalmente encontrados em paredes exteriores e vedações, estas aranhas vão recuar no interior nos meses de outono para encontrar um companheiro. Chuvas fortes também pode forçar estas aranhas para dentro da casa, normalmente porque eles foram inundadas fora de sua própria casa. Eles geralmente crescem a um tamanho de cerca de 20 milímetros e são marrom com manchas amarelas no abdome.

Cuidado caso você encontre com uma delas, pois há relatos de que suas mordidas são bem dolorosas, mas os sintomas geralmente consistem em inchaços por cerca de 12 horas.

ARANHA ZEBRA DE SALTO

Zebra jumping spider

Estas criaturas de oito patas são pequenos, atingindo um tamanho de apenas 8 mm. São famosos por suas marcas distintivas brancas e pretas. São geralmente vistas entre a primavera e o outono e pode ser encontrado em paredes externas, bem como dentro de casa, onde eles vão entrar pelas portas e janelas abertas. Eles são mais propensos a fugir de seres humanos do que atacá-los, mas eles podem morder - embora o veneno não é considerado clinicamente ameaçador.

ARANHA VIÚVA FALSA

False Widow spider

CitadA como aranha mais venenosa da Irlanda a falsa viúva já tem uma má reputação. A espécie, também conhecida como Steatoda Nobilis, geralmente tem um tamanho total de 20 milímetros e é caracterizada por uma cor castanho escuro e um abdómen bulbosa.  As Fêmeas Adultas são conhecidas por ter mordido seres humanos, embora elas normalmente não sejam agressivas e ataques a pessoas são raros e não há mortes.

Os sintomas de uma mordida pode variar desde uma sensação de choque de grave inchaço e desconforto. Em casos graves pode haver vários níveis de queima ou dores no peito, o que dependerá da quantidade de veneno injetado.

ARANHA CARDINAL

Cardinal spider

A aranha cardinal é a maior aranha no Reino Unido, que cresce até um comprimento total de 14 centímetros em alguns casos. Embora sejam inofensivos aos seres humanos, esses aracnídeos têm uma má reputação por causa de seu enorme tamanho, velocidade incrível e seus hábitos noturnos. Suas picadas são raras e indolor.

ARANHA DINHEIRO

Money spider


Do maior para o menor, as aranhas dinheiro crescem não mais que 5 mm de comprimento, com a sua extensão de perna apenas 2 mm. Elas ganharam esse nome a partir de uma velha superstição que se uma ficou preso em seu cabelo, ela iria trazer-lhe boa sorte e riqueza aumentada.

A aranha tece rede de descanso em forma de mantas e morde sua presa para paralisá-lo - antes de envolvê-lo em seda e comê-lo. As presas desta aranha não são  suficientes para penetrar na pele humana.

CUPBOARD SPIDERS

Cupboard spider

Intimamente relacionado com a falsa viúva negra, é muitas vezes confundida por causa de sua cor escura e abdome semelhante bulboso. Geralmente cresce aproximadamente 10mm de comprimento e sua aparência pode variar um pouco do roxo, marrom e preto. A fêmea pode colocar sacos de ovos, pelo menos três vezes por ano, que normalmente contêm entre 40-100 ovos. Eles têm sido conhecidos por morder os seres humanos, mas geralmente não são agressivos. Embora as lesões são menores, os sintomas podem incluir a formação de bolhas e mal-estar geral - que pode durar um par de dias.

Com informações do Irish Mirror

E quem disse que seria fácil?

Coluna para o Jornal Folha da Cidade, Edição 134, Guarapari ES, Brasil

O novo é muitas vezes temido. Alguns escolhem a zona de conforto, até porque o não correr risco é a melhor opção, certo? Errado! Há seis meses e poucos dias eu me aventurei em viver o diferente e embarquei para um lugar onde a cultura é desconhecida, a língua por não ser a minha nativa, me trazia insegurança, um cenário que eu jamais tive antes. Mas quem disse que seria fácil?
Fácil não seria, mas claro que não deixaria que o medo me abatesse. Até porque, a qualquer momento eu poderia desistir e voltar para casa. Porém, o resultado do fracasso seria um fardo que eu carregaria por toda a vida.
Então eu adotei as seguintes idéias para a minha vida: ‘Keep going’ e ‘Don’t give up’, ou seja, continue em frente e não desista! Para isso também foi necessário um banho de positividade, e nisso amigos e familiares tiraram de letra e me ajudaram como continuam até hoje!E num é que é melhor ver apenas o lado bom da vida?! As adversidades, os erros, os tropeços passaram a ser a prévia de degraus eu deveria superá-los para seguir em frente.
E ao contrário do que muitos pensam, o intercambio é muito mais que lindas fotos, passeios, viagens e novos amigos. Aqui também é um espaço de autoconhecimento, reflexão, estudo e aprendizado.
No modo geral, uma verdadeira escola para conviver com as diferenças, sejam elas quais forem; também saber que você depende do outro como todos ao seu redor também dependem de você! É aprender a trabalhar em equipe mesmo sem ser funcionário de uma grande companhia.
E hoje? Bom, hoje eu finalizei uma etapa do meu intercâmbio. Concluí meu curso e ainda persistindo nas idéias que adotei não somente para esse momento da minha vida, mas para a vida, persisto em busca de mais conhecimento da língua, da cultura e do autoconhecimento. Não mais em Dublin, mas em uma pequena Vila, também na Irlanda. Laytown, no Condado de Meath é a minha nova casa! Assim como Guarapari, banhada pela beleza do mar, mas com um clima um pouco diferente!
Agora não mais como estudante, mas como Au Pair. A prática é bem comum por aqui, você mora na casa da família e cuida de seus filhos! Neste momento posso dizer que mergulhei de cabeça, na cultura, no modo de viver e até de pensar de uma família tipicamente irlandesa! O que dizer? Apenas desejar que novos conhecimentos me capacitem para contribuir de alguma maneira para tornar esse mundo um pouco melhor!


sábado, 19 de setembro de 2015

Um tour por Drogheda, Condado de Meath



A simpática cidade de Drogheda, lozalidada no Condado de Meath fica há aproximadamente 25 minutos de Laytown, vila onde estou morando. Assim como Dublin, Drogheda é uma das opções que os moradores de Laytown, Bettystown e outras cidadezinhas recorrem em busca de lojas, shoppings e serviços em gerais. Poucas horas são necessárias para conhecer o tão acolhedor centro da da pequena e aconchegante cidade.


Entre as opções é possível encontrar o Shopping Laurence Town; a St. Peter’s Roman Catholic Church;  Highlanes Gallery (St. Laurence Street), com exposições gratuitas; St. Laurence Gate, uma construção do século XIII; St. Peter’s Church of Ireland, igreja Anglicana; a Torre Magdalene, o que restou de um mosteiro de XIII, onde também foi assinada a submissão da Irlanda à Inglaterra, no fim do século XIV; St. Augustines Church; Shopping Scotch Hall; o Museu Droghda Town Trail que inclui visitação a uma torre. 


Eu já fui a cidade umas três vezes, sempre acompanhada da família que eu trabalho como au pair... Todas as vezes foi para comprar algo específico ou resolver alguma coisa. Então ainda não tiver tempo de explorar essa encantadora cidade! Mas tenho certeza que oportunidades não irão faltar! Uma das vezes foi logo na minha primeira semana em Laytown, pois Rose queria me mostrar que lá eu encontraria o que desejasse, sem precisar ir a Dublin, por exemplo, que é mais longe e obviamente, mais caro!


Nesse dia entramos e conhecemos de perto a St. Peter's Roman Catholic Church, uma igreja linda de estilo gótico construída em torno de 1800 e já foi prestigiada com a visita do Papa João Paulo II em 1979. A igreja localizada na principal avenida da cidade é famosa pela sua torre, que é possível ver em grande parte da cidade, se não em toda e pelos grandes vitrais. 



Também não posso deixar de falar que a Igreja é famosa por abrigar o Santuário Nacional de São Oliver Plunkett, que foi martirizado em Tyburn em 1681. O santuário contém a cabeça preservada do santo. Outra vitrine exibe seu ombro e outros ossos como relíquias. Também em exposição está a porta da cela da prisão de Newgate em que ele passou seus últimos dias.





Um pouco mais dessa linda igreja...