sábado, 22 de agosto de 2015

Conhecendo a Bélgica...

No dia 23 de julho fiz uma viagem em que tive a oportunidade de conhecer a Bélgica...

Bélgica, famosa pelas cervejas espumantes, magníficos chocolates, pelos quadrinhos (em especial o criador do desenho Tintim), sua batata frita, waffler e centro da União Europeia. Mas fora esses clichês que todos nós já sabemos, me surpreendi e explorei uma cidade repleta de história, com muita personalidade que encanta a todos que a visita pelo ar antigo de anos de história, maravilhosos monumentos e arquitetura apaixonante. Sem falar que por todo canto o antigo é mesclado com coloridas flores que nos deixa ainda mais apaixonado.

Enquanto Bruxelas?
Trata-se de uma metrópole onde se juntam várias línguas e culturas (inclusive é até complicado saber se a gente tenta falar o inglês, arranha no espanhol ou vai na linguagem do corpo mesmo). 
Sua arquitetura reflete essa mistura através dos edifícios góticos, das fachadas clássicas do Palácio das Nações e do Palácio Real e do estilo Art Nouveau e Art Déco de muitas casas.


No primeiro dia explorando a casa do irresistível chocolate Belga, escolhemos o metrô como o meio de transporte (o ticket diário sai bem em conta, 8,50 euros/ lembrando que a cidade é pequena, sendo perfeitamente possível fazer tours a pé ou de bicicleta). 


Então a primeira parada foi o Atomium, uma molécula gigante que se tornou símbolo da Bélgica. Ele está localizado no Parque Heysel e foi construído em 1958 para a Exposição Universal de 58. Ele possui 102 metros de altura e representa um cristal elementar de ferro ampliado 165 bilhões de vezes, com tubos que ligam as 9 esferas (uma em cada vértice mais a espera central). As janelas instaladas na esfera do topo oferecem aos visitantes uma vista panorâmica da cidade. Outras esferas têm exposições sobre os anos 50. As três demais esferas, às quais só se tem acesso por tubos verticais, estão fechadas ao público por razões de segurança. 


O Atomium tem sido um símbolo de progresso e modernidade desde 1958, sendo firmemente dedicado a igualdade entre homens e mulheres em termos de funcionários e gestão (uma presidente, um diretor e uma diretora, um assistente de Direção e uma assistente). O monumento tem uma equipe cosmopolita que reflete perfeitamente o diversidade e multi-culturalismo do povo de Bruxelas.

(O valor para entrar e subir nas esferas é de 11 euros, mas muitos guias turísticos e até na internet ressaltam que não vale a pena desde que tenha uma exposição muito boa. Eu, como sou mochileira, estudante e pobre, guardei o dindim para outra prioridade).



Ao lado do Atomium é possível encontrar uma obra contemporânea (Rockgrowth Atomium) do artista Arik Levy que representa o desenvolvimento e as mudanças, inovação e crescimento emocional. Levy se baseou no processo de geminar de um vegetal, que cresce de forma irregular e possui diversas extremidades. 


A escultura possui 9 metros de altura, é feita de aço inoxidável e grande parte é pintado em vermelho. Todas as extremidades dos braços de crescimento são espelho polido de forma a reflietir as imagens dos arredores: pessoas, luz, pôr do sol, árvores, nuvens. Essa reflexão aparece como se visse de dentro da escultura e dá a ideia de ser capaz de olhar para a sua estrutura de DNA, como se estivesse usando um microscópio de força atômica. 

No mesmo dia seguimos a pé e conhecemos mais dessa encantadora cidade, que no primeiro dia tem tinha me impressionado, mas que aos poucos foi me conquistando, além do cheiro de chocolate e waffers que estão por todo o lado. 

Place Louis Steens Plein
Descemos sentido Centro, passamos pela Place Louir Steens Plein, passamos pela Place Saint-Lambert, onde possui uma Igreja. Depois fomos ao Elisabeth Park. E seguimos explorando a cidade!




Nosso grupo...
Será que estávamos cansadas?
Em seguida seguimos para o Parc du Cinquentenaire, onde fica o Arco do Triunfo (Na Europa as pessoas gostam bastante dessa ideia de Arco do Triunfo. Onde eu vou encontro um, rs)...
Trata-se de um parque localizado no Leste da cidade e os edifícios do completo são em forma de U. O parque se estende até a avenida Tervurenlaan, uma das mais importantes da cidade e sede de grandes instituições como a Unesco e a ONG WWF. 
O Parque foi construído sob ordem do rei Lopoldo II para a Exposição Nacional de 1880, em comemoração ao cinquentenário da independência da Bélgica.
O Arco do Triunfo foi erguido em 1905, substituindo uma versão arcada por Gédéon Bordiau. As estruturas foram construídas em ferro, vidro e pedra, simbolizando o desempenho econômico e industrial do país.
No parque também está localizado o Museu do Automóvel desde 1986, Museu das Forças Armadas e da História Militar e também o Museu de arte e história.


Arcade du Cinquantanaire

A esquerda o Museu do Automóvel e o Museu das Forças Armadas e da História Militar no edifício da direita.
Noite de Brussels






Depois do primeiro dia explorando a cidade, voltamos para o hotel e nos preparamos para conhecer a noite de Bruxelas. Sinceramente deixou a desejar. Super me indicaram o Pub Delirium por ser um ambiente agradável. Mas na quinta-feira a noite estava bem lotado, muito calor (já me desacostumei com temperaturas maiores que 20º). Mas o interessante é que eles tem diversos tipos de cervejas e inclusive algumas de fabricação própria. Sem falar que muitas delas já receberam prêmios nacionais e até mundiais. 

O grande movimento deve ser porque fomos na época da festa Tomorrowland, ou seja, a cidade estava realmente bem cheia. 

Segundo dia em Brussels

O segundo dia foi destinado para explorar mais a cidade. Então logo pela manhã conhecemos o Jardim Botânico que ficava próximo ao nosso hotel e seguimos para a Mini Europa. Lá ficamos aproximadamente quatro horas. 

A Mini Europa fica localizada próximo ao Atomium. Trata-se de um parque a céu aberto em miniaturas de todos os 28 países que fazem parte da União Europeia. Estão representados monumentos de cerca 350 monumentos de 80 cidades. O valor da visita é 14,50 euros mas vale muito a pena tamanha a realidade e perfeição do trabalho. Apesar de ficar na mesma localidade, fizemos o passeio apenas no segundo dia, pois nem todos do grupo estavam dispostos a fazer a visitação. 





DSC04470
Visão de cima do Mini Europa



Ao garantir o ingresso você ganha um guia, disponível em várias línguas, inclusive o português com todas as informações do país (capital, superfície, população, número de habitantes, data em que passou a ser membro da UE, nome do hino nacional e nível de vida). Também os fatores que torna o país mais conhecido, foto e história do monumento representado. Tudo isso na ordem em que a visita é realizada para que seja possível acompanhar e aprender sobre cada um deles. Para quem tem pouco tempo fique atento com a hora, pois é magnífico e apenas um turno fica pouco para explorar todas as maquetes, que possuem sons e movimentos.


Em seguida almoçamos em um restaurante italiano maravilhooso, próximo ao Átomo e da Mini Europa. Uma espécie de espaço cultural com diversos tipos de restaurantes.

Antes de pegar o trem, andamos sentido a estação e passamos pela belíssima Place de Belgique, que fica na rua de acesso ao Atomium. 


Depois pegamos o o trem e fomos conhecendo a cidade...
Ao ver um monumento denominado Colignon (foto abaixo) resolvemos descer, explorar, e andar para pegar o transporte (já que o ticket era ilimitado). 




Achei interessante que atrás deste monumento tem um espaço destinado para os pets fazerem suas necessidades. Uma espécie de banheiro público para Au Au.


Seguimos a caminhada para encontrar a próxima estação...
No primeiro dia, quando estávamos no Monumento do Átomo vimos uma Igreja que parecia linda e próximo de onde estávamos. Andamos bastante até que perdemos ela de vista. Somente durante a caminhada que fomos encontrar. Porém, de perto ela nem é bonita, inclusive parece estar abandonada.


Andamos e andamos e quando percebemos já estávamos a rua do Hotel. (Sim, Brussels é pequenininha, apesar de parecer grande quando não se conhece). Como o calor estava bastante, fomos no hotel, descansamos 10 minutos e partimos para o Centro. O plano era ir em um museu de Chocolate, mas como ficamos muito tempo na Mini Europa, tivemos que deixar para Sábado. 


Caminho do Centro...

René Magritte Museum

Passamos pelo museu de Magritte, chamado René Magritte Museum. que funciona onde o artista morou por 24 anos. Magritte foi um dos principais artistas surrealistas belgas.



René Magritte praticava o surrealismo realista, ou “realismo mágico”. Começou imitando a vanguarda, mas precisava realmente de uma linguagem mais poética e viu-se influenciado pela pintura metafísica de Giorgio de Chirico.

Magritte tinha espírito travesso, e, em A queda, seus bizarros homens de chapéu-coco despencam do céu absolutamente serenos, expressando algo da vida como conhecemos. Sua arte, pintada com tal nitidez que parece muitíssimo realista, caracteriza o amor surrealista aos paradoxos visuais: embora as coisas possam dar a impressão de serem normais, existem anomalias por toda a parte: A Queda tem uma estranha exatidão, e o surrealismo atrai justamente porque explora nossa compreensão oculta da esquisitice terrena.

Pintor de imagens insólitas, às quais deu tratamento rigorosamente realista, utilizou-se de processos ilusionistas, sempre à procura do contraste entre o tratamento realista dos objetos e a atmosfera irreal dos conjuntos.
Suas obras são metáforas que se apresentam como representações realistas, através da justaposição de objetos comuns, e símbolos recorrentes em sua obra, tais como o torso feminino, o chapéu côco, o castelo, a rocha e a janela, entre outros mais, porém de um modo impossível de ser encontrado na vida real.



Musical Instruments Museum

Foi construído entre 1898 e 1899 para abrigar os Armazéns Old England e em seguida se tornou o Museu dos Instrumentos Musicais. 


Construções no estilo art nouveau
Place Royalle

Trata-se de uma histórica praça localizada próximo ao Centro da Cidade onde funcionava um antigo mercado próximo ao Palácio de Coudenberg, que foi incendiado.




Mont des Arts

O Jardim é uma ligação entre a cidade velha, a biblioteca real Albert I, o Museu Real de Belas Artes da Bélgica, a Biblioteca Filme Real, o Museu do Cinema (Cinematek) e o Memorial para o Rei Baudouin.




Grand-Place

Decorada nos anos pares (15 de Agosto) por um magnífico tapete de flores, é uma das mais belas praças da Europa. A Câmara Municipal, de Estilo Gótico, está decorada por 294 estátuas do século XIX. Em cima da torre - com uma lteura de 96 metros e construída por Jean Van Ruysbroeck (1149) -, está a estátua de S. Miguel, patrono da cidade. 

Em toda a volta da praça, foram construídas as Casas das Corporações, após o bombardeamento francês de 1695. A casa do Rei foi erigida no século XVI, por Carlos V, substituindo a velha Halle aux pains. Atualmente, funciona um museu com o guarda-roupa do Manneken-Pis.





Um pouco dos chocolates e delícias da Bélgica...







Manneken Pis

Uma pequena fonte com um minúsculo garoto fazendo xixi. Em ocasiões especiais a estátua recebe diferentes vestimentas. Hoje seu guarda-roupa já conta com 800 peças. 

A inspiração para tão famosa estátua continua desconhecida, e o mistério levou à criação de rumores e fantasias, aumentando o encanto deste rapazinho. Uma das versões conta que, no final do século XII, o filho de um duque foi encontrado a urinar contra uma árvore no meio de uma batalha e foi por isso celebrizado numa estátua de bronze como símbolo da coragem militar do país.



Terceiro dia em Bruxelas

No primeiro dia demos sorte que o tempo estava bom, no segundo ele começou a mudar e o sábado foi totalmente de chuva, o que impossibilitou até alguns passeios. A ideia era visitar cidades como Ghent e Bruges no sábado. São cidades menores, com castelos, pontes e aquele ar medieval.

Nesse dia tivemos de trocar de hostel porque ao planejar a viagem pensávamos que teria ônibus ou trem noturno para Amsterdam. Mas só ficamos sabendo dessa informação na semana da viagem que não teria. 

Então saímos para almoçar e explorar o Centro da Cidade...



Em seguida, antes de ir até o novo Hostel, passamos pela Galeries Royales St Hubert. O local foi construído em 1847 destinado para classes altas, ou seja, ali é possível encontrar o que há de melhor nos ramos de moda, alimentação e design. Porém, hoje é acessível a todos e localizada em um ponto estratégico da cidade.

A galeria tem mais de 50 butiques independentes em seus três andares de colunata. Visite a Galeria do Rei para encontrar produtos tradicionais de couro feitos à mão, chocolatiers belgas clássicos ou joalheiros artesãos que fabricam joias e objetos de vidro. A Galeria da Rainha adjacente é conhecida pelos sapatos de grife e pelas lojas modernas de design de interiores. Passeie pela Galeria dos Príncipes, de tamanho menor, e visite livrarias, lojas de presentes e uma elegante butique de roupas femininas.

Ao caminhar entre as lojas exclusivas, você verá o luxuoso estilo de vida da Bruxelas do século 19 refletido na arquitetura. A sequência entrelaçada de arcos, janelas e colunas ornamentadas é o principal atrativo da galeria para os visitantes.
A galeria segue agitada à noite, com dois teatros, um cinema e uma série de restaurantes e bares que atraem moradores e turistas. Vá a uma apresentação no Vaudeville Theatre ou a uma peça no Teatro Real.



Mesmo com tempo instável e alguns momentos de chuva, depois de fazermos o Check in no Hostel saímos para explorar um pouco mais da cidade. Parque de diversões, construções antigas, e casas parecidas com castelos fechou com chave de ouro o nosso último dia nessa cidade encantadora...
E para não ficar com saudades, comemos um belo waffer!




O próximo destino será Holanda, na maravilhosa Amsterdam... lá rolou tantas emoções que merece um post único!

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