Agora eu sou Au Pair de verdade!

Minha primeira impressão sobre a família?

Bom... já tinha falado que a Rose me acolheu muito bem e me convidou três vezes para estar com a família e me ambientalizar antes de mudar. E foi exatamente o que aconteceu... parece que já os conheço há anos!

No sábado dia 05 de setembro, por volta das duas e pouco me despedi da casinha que me acolheu e também da Alice (amizade que levarei para toda a vida)...

Em seguida eu e Rose fomos ao IKEA (o lugar ideal para montar a sua casa). Os preços são ótimo e tive a oportunidade de escolher o que eu desejava para compor o quarto. Então compramos lindas prateleiras e box para colocar nas paredes, além de uma luminária.

Chegando em casa fui recebida com flores e uma gentileza tamanha...

Blárthín mal poderia acreditar que tinha chegado o dia que ela teria sua primeira Au Pair. Uma empolgação sem tamanho! Não se passaram nem três horas e eu já tinha ganhado um carrapatinho humano... A doce menina é só carinho!

Ela estava em uma festinha de aniversário de um colega na mesma rua em que mora. Então, depois de saber que eu tinha chegado veio várias vezes com amiguinhos me apresentar para eles.

Jantamos todos juntos, papeamos bastante, passamos bons momentos no sofá na sala de primavera vendo The X Factor e jogamos conversa fora...

Depois, hora de dormir né?! Tanto a mãe como o pai trabalham muito e Blárthín tem a rotina de dormir cedo todos os dias. Então antes das 10h, todos para cama!

O domingo foi de adaptação...

Acordei, assisti televisão com Blárthín, tomei café da manhã, fiquei no computador e relaxei um pouco,,,
Depois filminhos de criança como A Bela e a Fera e Monster High...
Fui um pouco na rua brincar com as crianças e andar de bike...
Jantamos (inclusive as comidas que Rose faz são maravilhosas), claro que diferente das que somos acostumados a comer no Brasil... Todas bem trabalhadas no tempero!
Mais um pouco de The X Factor e papos aleatório no sofá, sempre dividindo cobertinha com Blárthín, meu carrapatinho! Ela amou meu cabelo e gasta boa parte do seu tempo fazendo carinho. Eu nem gosto né?!

Resumo?

Sabe roceiro quando fica extasiado quando vai para a cidade grande? Era assim mesmo que me senti!
Eu tinha esquecido como era alguém o tempo todo preocupado com você, perguntando se está tudo bem e se está precisando de algo.
Sem falar no conforto da casa e da gentileza de todos.
Eu não lembrava o que era viver em uma casa limpinha e aconchegante,,, Uma casa de família né?!

Diante de inúmeras notícias de pessoas que são au pair e são exploradas, que passam momentos difíceis com a família pela questão de alimentação ou mesmo por não ter intimidade e não se sentir em casa... eu só agradeço a Deus, por sempre iluminar meu caminho e só permitir que coisas boas me aconteçam!

Pequenas coisas valem mais que qualquer coisa né?!

Exemplo disso são eles perguntando o tempo todo se preciso de algo, me dizendo para ficar a vontade que a casa é minha, que eu posso comer o que quiser e na hora que desejar...
Das vezes que Bláithín me chamou e não era meu horário de trabalho o pai dela falava que eu não precisava ir caso não quisesse. E antes disso ele pediu que ela batesse na porta antes e perguntasse se eu estava ocupada. Eles são bem atenciosos e gentis!

Balanço das duas primeiras semanas?

O primeiro dia foi um pouco traumático devido alguns acidentes de percurso... Eu sem saber direito sobre a alimentação após a escola perguntei para Bláithín e ela me trolou quanto a quantidade! E como ela é um pouco acima do peso, isso me custou algumas observações! Tanto ela como eu levamos um leve esporro, rs.

Mas depois do ocorrido fui muito bem orientada pela mãe, que fez anotações de como seria minha rotina... Aqui é tudo bem tranquilo! Tudo se resume em: Chamar Bláithín para a escola, fazer o café da manhã e a lancheira com o almoço, levá-la no ponto para pegar o bus para a escolar. Depois disso fico livre até as 15h, quando preciso buscá-la, pedir para ela trocar o uniforme, fazer dever de casa e dar um pequeno lanche da tarde. Após isso ela está livre!

Toda semana tem um recadinho motivacional diferente para a Bláithín!

Outras atividades é manter o quarto dela arrumado e em dois dias da semana passar aspirador e pano na casa, além de trocar as roupas de cama! Tudo bem simples e Rose nem exige muito... Mas nós brasileiros não sabemos não fazer uma boa faxina né?! O que nos rende muitos elogios!

Hoje, na segunda semana, ainda estou em processo de adaptação, até porque estou vivendo na casa de pessoas que nunca vi antes... Então tento me adaptar a eles e incomodar o mínimo possível. 

A única dificuldade que estou tendo é adaptação quanto aos horários para comer... definitivamente eles não almoçam, fazendo um pequeno lanche, como o próprio nome já diz 'lunch'. Apesar de eles sempre perguntarem o que eu preciso do supermercado, eu não consegui estabelecer uma rotina ainda para almoçar no horário que nós temos costume... Como o horário aqui é bem tranquilo, eu acabo me perdendo em seriados, soninho ou mesmo estudos!

O próximo passo é iniciar a Academia... que a Rose irá pagar para mim. Acredito que após continuando será mais fácil estabelecer uma rotina, além de ser melhor para o corpo e para a cabeça né!? Como eu fico muito tempo sem fazer nada aqui, é inevitável pensamentos do tipo: 'Quero minha mãae!'; 'Preciso da comida brasileira!'; 'Estou com saudades dos meus amigos!'; 'Falta quanto tempo mesmo para voltar para o Brasil!?'. 

O local onde estou morando fica há 45 minutos de Dublin, é uma espécie de uma vila localizada no litoral da Irlanda. Ou seja?! Não tem muitas opções de comércio ou atividades para fazer. Enfim... mas eu esperei o tempo melhorar um pouco e resolvi explorar a região. E não é que tem um pouquinho de cada coisa que precisamos!? O lugar é adorável! Sem falar que tem algumas au pair s que tem o costume de se encontrar e jogar conversa fora!

Agora, no terceiro final de semana em Laytown e com duas semanas de trabalho concluídas já me sinto mais familiarizada com o que preciso fazer e um pouco menos incomodada com a rotina! ROTINA... Essa palavra que tenho um pouco de pavor agora descreve exatamente meu trabalho e minha vida nessa nova fase da vida. Mas quer saber? Quando a olhamos com bons olhos ela nem fica tão chata assim!

Família que é família se ajuda né?! Aqui eu sou a assistente de tecnologia, rs

Um pouquinho da minha nova casa...

Deixa eu entrar?

Será que ela é folgada?

Relembrando meu objetivo

Volto a dizer que meu objetivo aqui não é ganhar rios de dinheiro, mas ter uma vivência fora do país, praticar o idioma, aprender novas culturas e conhecer pessoas que levarei comigo para a vida toda! E essa família já faz parte da minha história!